Madona das Rochas é um quadro pintado por Leonardo da Vinci (óleo sobre madeira 199cm X 122cm) e que se encontra exposto no Museu do Louvre, na França. O quadro também recebe citação em O Código Da Vinci, best-seller do autor Dan Brown.
A encomenda original para que Leonardo da Vinci pintasse A Madona das Rochas viera de uma organização conhecida como a Confraria da Imaculada Conceição, que precisava de uma tela para ser a peça central de um altar da Igreja de São Francisco, em Milão. As freiras deram dimensões específicas a Leonardo, e o tema desejado para a pintura - Virgem Maria, São João Batista ainda bebê, Uriel e o Menino Jesus, abrigados em uma caverna. Embora Leonardo da Vinci fizesse o que lhe mandou, o grupo reagiu com horror quando ele entregou a pintura. Havia enchido o quadro de detalhes perturbadores.
A tela mostra a Virgem Maria de túnica azul, sentada com o braço em torno de um bebê, João Batista. Diante dela se encontra sentado Uriel, também com um menininho, Jesus. O mais estranho é ver Jesus abaixo de João Batista. Mesmo que Jesus esteja abençoando-o o sentido da obra é dizer que João está acima de Jesus na hierarquia celeste.
Porém, anos depois, Da Vinci acabou convencendo a confraria de ficar com uma segunda pintura, versão "açucarada" da Madona das Rochas, em que todos se encontram em posições mais ortodoxas. A segunda Versão encontra-se na Galeria Nacional de Londres, com o título de Virgem das Rochas.
As características renascentistas que esta obra apresenta são as composições em pirâmide, o naturalismo, a proporção, e o estudo cuidadoso da anatomia do corpo humano.
A Virgem das Rochas foi roubada de Florença durante as guerras napoleônicas e recuperada depois em uma pequena cidade na Áustria nos anos 50. Depois foi comprada por um comerciante francês antes de ser vendida para a Galeria Nacional em Londres, Inglaterra no século XIX.
A Virgem das Rochas é, indiscutivelmente, um quadro carregado de significações herméticas; embora não simbólicas, porque o símbolo manifesta, embora seja de modo transferido, enquanto que Leonardo quer que os significados permaneçam escuros, na sombra, e que só as formas sejam visíveis. A caverna era um motivo que fascinava Leonardo, como se deduz de várias passagens de seus escritos. E lhe fascinava do ponto de vista científico ou geológico, mas, sobre tudo, como interior da terra, como natureza subterrânea ou sub-natureza. Possivelmente os gelos longínquos aludem ao remoto passado do mundo, a uma extinta Pré-História que termina com o nascimento de Cristo, quando a natureza e a história se abrem e iluminam e o mistério inescrutável do real se converte em um segredo que a investigação humana pode chegar a descobrir. As paredes e as abóbadas da cova se abrem, e pelas fendas penetrando a luz terminando assim a era da vida subterrânea e começando enfim a era da experiência.